Planta bastante curiosa, pelas transformações que se dão desde a sua nascença até à sua morte. É muito reprodutora. Os hortelãos não gostam nada devido a habitar sítios húmidos, invadindo as suas hortas. Tudo nela é diferente das outras. Tem as suas raízes, como é normal, mas não tem flores, nem sementes. Propaga-se apenas, mas com muita abundância quendo, no fim do Verão, os esporos do seu terminal se soltam e são levados, por vezes, a muita distância. Se existe humidade, aí ficam, e na próxima Primavera nas cem e crescem da melhor maneira.

Descrição

Chega a atingir 1 m e mais de altura. Tem 2 tipos de caules. Primeiro são quase vermelhos e escamosos. Mais tarde, transformam-se, tornando-se quadrangulares e mudando de cor, ficando no verde-amarelo, ocos por dentro e pouco resistentes. Folhas muito parecidas com as do pinheiro, em comprimento e largura, de onde lhe vem o nome. Partes utilizadas: toda a planta.

Habitat e localização

Europa, América Central e do Sul. Na minha zona tem tendência a desaparecer, devido ao gado que a come. Existe ao pé do Escoural, mas pouca.

Apenas me referi à melhor e mais volumosa, porque na minha zona existe também uma espécie mais pequena, que só uso na falta da outra, embora tenham mais ou menos as mesmas aplicações. Encontra-se também em terrenos húmidos e sombrios, tal como a outra.

Aplicações principais

Albuminas, cálculos dos rins, bexiga, todas as doenças do fígado, tuberculose, ou fraqueza geral, doença dos ossos, úlceras gástricas, intestinos, qualquer que seja a doença, perdas de sangue, hemorroidas sangrentas, retenção da urina e todos os males das vias urinárias. É diurética, digestiva e depurativa do sangue. Em chá: 40 gramas para 11 de água. Tomar 3 vezes ao dia, fora das refeições. Externamente, usa-se em compressas ou lavagens, nas seguintes doenças: feridas, úlceras, tumores, cancro, chagas varicosas, irritações da pele, eczema, borbulhas, comichão e ardor. Em irrigações e lavagens, em todas as doenças da vagina. Em bochechos, para infecções da boca e garganta, e em clisteres, combate eficazmente as diarreias. O seu aproveitamento é sempre em chá, com água da fonte. Dada a alta percentagem de cálcio que contém, também se pode usar o suco da planta fresca, adoçada com açúcar escuro ou mel, e ainda o pó da planta como remineralizante (para fortalecer) ou, então, também se podem misturar, num litro de vinho tinto 4 dl de planta verde ou seca, macerar 8 dias, filtrar e beber aos copos, à hora das refeições. Mas a sua maior utilidade é no combate às doenças da próstata e na artrose, por conter cerca de 90% de silício. Nestes males, é necessário bebê-la diariamente. Ainda nas doenças da próstata, além de a tomarem em tisanas, podem fazer outro tratamento mais eficaz: fervem-se duas mãos bem cheias da planta em panela grande, de seguida colocam-se as plantas em saco de linho, com 25 cm de cada lado, ata-se, espreme-se um pouco, para não molhar a cama e coloca-se quente sobre a bexiga, na zona da próstata. Por cima coloca-se um pano de lã forte e por cima deste um saco de borracha com água bem quente e ainda por cima do saco 2 panos de lã. Ao fim de 3 a 4 horas, retira-se tudo e repete-se o tratamento, durante 18 dias.

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