Abrunheiro-bravo com os seus frutos

Abrunheiro-bravo (Prunus spinosa)

Ao contrário de outras árvores, arbustos ou ervas, este arbusto é natural de Portugal, embora tenha sido levado também para toda a América Central, onde se adaptou e desenvolveu com muita facilidade. Os seus frutos são de cor escura, no fim da Primavera, e têm um sabor amargo acentuado e travosoi, quando mantidos na boca, embora sejam inofensivos. Por outro lado, quando bem maduros, são muito úteis na preparação de licores e aguardentes. Também são úteis na medicina, tanto verdes como maduros. As flores têm sabor amargo e a casca e as folhas têm o mesmo paladar, devido a conterem uma substância geradora de ácido cianídrico. Por esse motivo, nunca tomar por demasiado tempo, nem em doses muito avultadas.

Descrição

Mede de 2 a 3 metros de altura, ou mais, mas é muito espaçoso. Os ramos estão cobertos de espinhos e as folhas são verdes escuras, pequenas, ovadas e serradas. Flores brancas e frutos escuros (ameixas pequenas), que surgem no fim de Outubro. Sabor áspero. Utilizam-se os frutos, as flores, a casca e as folhas.

Habitat e localização

Em quase toda a Europa. Em Portugal, de Norte a Sul. Na minha zona, encontra-se com abundância a seguir ao Monte da Pintada, em frente da Igreja de Santa Margarida, em valados sombrios, tal como noutros sítios em redor de Montemor-o-Novo.

Aplicações principais

Contém tanino e vitamina C. É diurética, laxativa e tónica. Para além disso, é boa para gargarejos à boca e para os furúnculos, em banhos ou lavagens. Deve-se utilizar com água bem quente, fervida com umas folhas e, em seguida, colocar em cima um emplastro quente das mesmas a abafar.

Abrunheiro-manso (Prunus domestica)

O abrunheiro-manso é uma árvore próxima das ameixeiras, que antigamente abundava em volta de Montemor e que foi bastante útil para os mais carenciados, principalmente crianças que comiam os seus frutos. Quando a época terminava, no final do Verão, colhiam-nos em grandes quantidades e secavam-nos para comer durante o Inverno. Eram muito saborosos.

Descrição

Chega a atingir 5 a 6 metros de altura, folhas verdes, quase redondas. É uma árvore que, se a deixassem, criava bastantes filhos à sua volta. Flores quase brancas, frutos, os abrunhos, verdes de princípio e amarelo claro depois de maduros, quase redondos. Utilizam-se os frutos e as folhas.

Habitat e localização

O abrunheiro-manso encontra-se nos países do Mediterrâneo. Não gosta muito de frio. Em Portugal, quase de Norte a Sul, principalmente no Alentejo e Algarve. Hoje quase extinta. Apenas conheço 3 ou 4 árvores ao abandono, na parte do castelo de Montemor-o-Novo virada para o Norte. Estão ainda nesse lugar devido a ser um sítio ermo e muito alto, não se lhe chegando com facilidade.

Aplicações principais

Os frutos do abrunheiro-manso, bastante doces e laxativos, para além da alimentação, tinham aproveitamento para combater a obstipação (prisão de ventre). Os doentes do fígado só os podiam comer com moderação.

As folhas em chá: 35g e 11 de água. Tomar um copo ao levantar e outro ao deitar, também combate a prisão de ventre. Misturadas com alecrim, já se pode tomar à vontade, sem contra indicações, para as doenças de fígado, rins, reumatismo, gota, indigestões, prisão de urinas, cálculos e próstata. Para esses males: 35 gramas da mistura, 11 de água e dixar ferver durante 30segundos. Tomar 3 vezes ao dia fora das refeições.

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