O dente-de-leão (taraxacum officinale) é também conhecido como: chicória amarga, quartilho, coroa-de-monge ou taraxaco. Esta planta perene herbácea poderá alcançar cerca de dez a 50 centímetros de altura e possui de um ciclo de vida longo. Possui uma roseta basal, com folhas que apresentam diversas fendas irregulares e profundas, em formato de serra. O caule do dente-de-leão é oco, ereto e desprovido de quaisquer folhas. Na extremidade do caule cresce apenas um capítulo floral grande, que contém o impressionante número de até 200 flores liguladas. Este capítulo costuma atingir cerca de 30 centímetros de altura.
Além disso, a inflorescência desta planta, em tons amarelo dourado, tem uma particularidade: só abre quando recebe o sol. Durante o período nocturno e se o tempo estiver húmido, as flores fecham-se. Logo que termina a época da floração, desenvolve-se uma peculiar inflorescência de forma esférica (tipo pompom), com um elevado número de pequenos “pára-quedas” (ver imagem abaixo) que, depois de amadurecidos se soltam com o vento. É devido a esta característica que muitas vezes as pessoas cortam o caule e pegam com a mão, sopram o capítulo da flor onde se encontram as sementes voadoras e dizem as seguintes palavras: “O teu avô é careca?”. Se os pequenos “pára-quedas” se mantiverem fixos, o “avô não é careca”, se se deslocarem e voarem, o “avô é careca”!
Onde encontrar os dentes de leão
Esta planta gosta de solos preferencialmente ricos em nutrientes, sobretudo prados (muitas vezes após a ceifa dos cereais), em pastagens, em jardins e nas beiras dos caminhos. O dente-de-leão prefere regiões com clima temperado e gosta de solos húmidos. Cresce nas beiras das estradas e dos rios e regatos, relvados e lameiros. Mas, como se adapta em quase todos os tipos de solo, pode encontrar-se até nas fendas do asfalto.
Na Primavera há quem use as verdes folhas do dente-de-leão para fazer deliciosas e frescas saladas, sopas e até sobremesas. Além disso, as suas folhas possuem propriedades diuréticas e depurativas. Quando se cortam os capítulos do caule oco, do seu interior brota uma espécie de seiva leitosa e pegajosa, com um sabor amargo característico.
Em suma, as infusões desta planta servem para combater a gripe, problemas do fígado, do pâncreas e da pele, devido às suas propriedades antioxidantes, analgésicas, anti-inflamatórias, hepato-protetoras. Pode também aumentar a produção de insulina, combatendo desse modo, a diabetes. De entre os principais componentes destacam-se as vitaminas A, B, C e D, as fibras, as proteínas e os minerais, com especial destaque para o potássio.