A alfazema (lavandula stoechas), também conhecida como rosmaninho é um tipo de lavanda compacta e é originária da região mediterrânica. Existe em modo espontâneo e, como não necessita de grandes cuidados, é também cultivada em jardins, pela sua beleza decorativa e pelo aroma perfumado que liberta no ambiente. Trata-se de uma planta autóctone com várias aplicações, especialmente as suas flores, muito usadas na produção de perfumes (com o aroma característico das lavandas). Assim como, são também colocadas secas, em pequenos sacos, dentro dos guarda-fatos, armários e gavetas, para afastarem as traças.

Este pequeno arbusto frondoso e muito aromático atinge entre os 25 e os 60 cm de altura. As suas folhas estreitas apresentam uma cor verde-acinzentada e são persistentes. As magníficas flores, agrupam-se numa espiga compacta, maior que o pedúnculo e oscilam entre o azul, o violeta e o púrpura. A época de floração ocorre entre os meses de Abril e de Junho. As inflorescências são muito bonitas, de tal forma que se assemelham a borboletas. O fruto, por outro lado, apresenta-se sob a forma de aquénio. É muito resistente, gosta de climas quentes, boa luminosidade e suporta bem o sol. Sem dúvida que é uma planta que prefere clareiras, matagais e locais expostos, pobres e secos, independentemente de serem neutros, siliciosos ou ácidos.

Utilizações da alfazema ao longo da história

Ao longo da história, a alfazema (rosmaninho) foi muito utilizada para fazer tapetes no chão para a passagem das procissões. Devido ao seu aroma era também queimado nas fogueiras dos santos populares (Sto. António, S. João e S. Pedro). Outras aplicações incluíam a perfumaria (como anteriormente referido), a decoração de espaços e fins medicinais (apesar de ser uma planta tóxica).

A alfazema (lavandula stoechas) possui duas sub-espécies: a lavandula stoechas pedunculata e a lavandula stoechas luisieri. Quer uma, quer a outra encontram-se no Mediterrâneo. A primeira, é nativa da região mediterrânica, com populações consideráveis nas costas de Marrocos e de Espanha; a segunda (com pétalas menos interconectadas), é mais comum em algumas zonas de Espanha e sobretudo em Portugal.

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