Árvore de grande porte e madeira muito resistente que, durante muitos séculos, foi usada pelos abegãos (carpinteiros de carros e carroças) e para outros fins. Existem duas espécies na nossa região (Quercus Faginea Lam. e Quercus Pyrenaica Will.). O seu fruto é a bolota. Quando picados por certos insectos, formam bugalhos. Os bugalhos foram utilizados pelas crianças que habitavam no campo, durante muitas gerações. Chamavam-lhe os seus porcos, por se assemelharem a um porco gordo, sem pernas.

Descrição

30 a 40 metros de altura. Tronco robusto, casca quase castanha. Folhas verdes escuras, redondas. É esta umas das árvores com uma vida tão longa, que chega a atingir 1000 anos e mais.

Utiliza-se a casca dos ramos novos, a casca dos ramos velhos e o tronco.

Habitat e localização

Europa Central e Meridional. Em Portugal, ao contrário da azinheira e do sobreiro, seus parentes muito aproximados, dá-se bem em regiões do Norte e do Centro. Gosta de lugares sombrios. Na nossa região existe em grandes quantidades.

Aplicações principais

Para uso interno: usa-se em febres e hemorroidas, o cozimento das folhas e raízes, mas o melhor é a entrecasca dos ramos, de 3 ou 4 anos, colhida na Primavera, mas só 10 a 15 gr misturada com outras, como a unha-gata e urtigas. As suas bolotas são muito boas para combater o alcoolismo: comer 5 na parte da manhã e 5 à tarde.

Para uso externo: Hemorragias uterinas, em irrigações, frieiras, em lavagens, e anginas. em gargarejos. 50 a 80 g por 11 de água, depois de ferver durante 5 min.

Usa-se também em banhos e vaporizações, no hemorroidal.

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