Aqui estamos na presença de uma planta condimento com muita reputação – a cebola. Tanto como alimento, como condimento e ainda para uso medicinal. Existem várias variedades, mas a cebola vermelha suplanta todas as outras. A cebola branca, muito cultivada e usada na nossa região, também tem muita utilidade. Tanto na cozinha, como para a medicina. Combatem inúmeras doenças. Há mais de 3 mil anos já eram usadas. Prova disso existe nos túmulos dos antigos egípcios, gregos e de outros povos da Ásia Menor.

Descrição

Segundo a variedade, tantas são, que de uma cebola para a outra existem diferenças acentuadas. A cebola vermelha, a melhor, e a branca, que se lhe segue, são de tamanho quase igual. Diferem na cor. Folhas compridas, verde-escuro, espiga com 50 cm, de altura mais ou menos, cabeças pouco menos do que um punho de uma pessoa, de mão fechada. Toda a gente a conhece. Utilizam-se todas as partes da planta.

Habitat e localização

Ásia, Europa e por quase todo o mundo civilizado. Cultivada em hortas e em estado espontâneo. Em Portugal, só existe cultivada em hortas.

Aplicações principais

A cebola é fresca, contém muita água, sais minerais, enxofre, lípidos, glícidos, mucilagem e vitaminas A, B1, B2, B5, C e E. Por este motivo, é aplicada, sempre com bons resultados, nas doenças do estômago, que tantas úlceras se têm curado com o sumo da cebola branca: uma colher de sopa de sumo, em jejum, e misturada com outra de sumo de limão e outra de mel. Ureia e tosses rebeldes: corta-se em pequenos bocados, coloca-se numa tigela e, em seguida, cobre-se de açúcar. Ao fim de 8 horas está feito um lambedor, ou seja, o açúcar subtraiu-lhe o sumo e toma-se às colheres de sopa, várias vezes ao dia e noite. Reumatismo e pulmão: comer, de vez em quando, juntamente com saladas. Mas será melhor crua, se o seu fígado e estômago o suportarem. Panarícios e calos trilhados, da seguinte forma: coze-se uma cebola branca dentro de cinzas, corta-se ao meio e envolve-se em uma das partes o dedo doente, com uma ligadura a segurar. Esta operação é renovada 2 vezes ao dia. A cebola é aplicada sempre bem quente. Ao fim de 3 ou 4 dias, tudo estará muito melhor, e só resta aguardar mais 7 ou 8 dias, para estar completamente curado, e evita-se a operação. Bronquite e diabetes: comer com abundância. Ouvidos: 2 gotas do seu sumo, misturado com outras tantas de água morna, em cada ouvido e abafar. Cura a surdez, se não estiver muito adiantada. Queimaduras: Camadas de duas escamas sobre o local a tratar, ligadas com gaze, renovadas duas vezes ao dia, ou ainda, o seu sumo com a mesma quantidade de água tépida, pincelar o local queimado com um bocado de algodão, sem limpar. Úlcera cutânea, ou seja, feridas à superfície da pele: o mesmo tratamento com o sumo da cebola e com as escamas, aplicadas sobre os locais doentes. Asma, catarros, pneumonia, edemas, cálculos renais e da bexiga, doenças do coração, circulação, tuberculose e até no cancro e sua prevenção é a cebola um dos melhores remédios que existem, se for aplicada tal como aqui menciono. No entanto, em doenças cancerosas terão ocasião de se informar melhor em outros textos mais adiante. Por esse motivo, prefiram o outro processo de tratamento e cura.

Usada internamente: existem várias formas, para a tuberculose, coração e circulação. É melhor assada ou estufada, uma cebola média por dia, em duas vezes, sempre misturada. Para as doenças da próstata, cozer uma cebola em pouca água e bebê-la em jejum, depois de comer a sua papa, doce com mel. Na hidropisia é cura garantida, comendo 3 a 4 cebolas por dia, se puder cruas. O resto é arroz integral ou leite. Ao fim de 8 dias, sensíveis melhoras, ao fim de 15, urina abundante e ao fim de 20 dias, a cura total. Em alguns dos tratamentos acima citados, também se pode usar das seguintes formas: 1 cebola moída, 300 gramas de mel e 6 dl de vinho branco a macerar, 8 dias e bebe-se em pequenos copos ou, então, cortam-se 2 cebolas às rodelas, colocam-se numa garrafa com 11 dl de vinho branco. Ao fim de 8 dias, pode-se tomar aos pequenos copos. Por fim aviso as pessoas com deficiências no fígado e estômago a usá-la só cozida, assada ou estufada.

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

Também podes gostar...