O tremoceiro-bravo é uma planta herbácea anual que desperta a nossa atenção devido às suas grandes folhas espalmadas, felpudas e compostas por vários folíolos (entre 4 a 9). Além disso dispõe de um caule ereto que serve de suporte a cinquenta e oito flores em formato de borboleta. Estas características tornam esta planta facilmente reconhecível. As cores das magníficas flores podem variar entre o amarelo, branco, rosa e lilás, a partir das quais se desenvolvem os frutos em forma de vagem alongada e estreita, que abriga as sementes da planta. Além disso, as inflorescências apresentam-se sob a forma de cachos terminais. A época de floração ocorre entre os meses de Março e Agosto. O tremoceiro-bravo pode atingir uma altura de 80 centímetros.

Esta planta pode encontrar-se sobretudo em solos siliciosos, nas clareiras dos bosques, em campos agrícolas incultos, em terrenos baldios e nas beiras das estradas e caminhos, nas dunas, terrenos arenosos e em zonas de matos. A sua distribuição vai até aos 1500 metros de altitude. Pode também cultivar-se, não só como ornamental, mas também como planta ideal para ajardinar terrenos planos com consideráveis extensões. É uma planta nativa da região mediterrânica, espontânea em Portugal e introduzida na Ilha da Madeira. Trata-se de uma espécie adequada para se plantar em solos pobres, pois, através da ação das bactérias existentes na sua raiz fixa o azoto, melhorando assim a qualidade dos solos. Por esse motivo, é muitas vezes plantado para depois servir de “adubo verde” para fortalecer os solos com nitrogénio.

O tremoceiro-bravo deu origem aos tremoceiros de jardim, que podem florescer em várias cores. As suas sementes são venenosas, pelo que não devem ingerir-se.

O tremoceiro-bravo confunde-se, muitas vezes, com o tremoceiro-azul (Lupinus angustifolius).

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